Quem é Carlota Flor?

A Carlota Flor é uma criadora portuguesa de 29 anos, natural da Arrifana, Santa Maria da Feira. Define-se de forma simples: “Gosto de fazer coisas!” E faz, de facto, muitas. O seu universo é povoado por projetos DIY (Do It Yourself), peças vintage e uma criatividade fascinante e espontânea.

Desde pequena, viu a mãe transformar casas e criar decorações, influência que despertou nela um olhar curioso para a personalização dos espaços. Quando quer algo, procura formas de criá-lo, especialmente quando não o encontra exatamente como deseja ou o orçamento não permite a compra. Quanto ao vintage, é pura paixão: “Adoro coisas com história e saber que já viveram muitas vidas.”

O seu estilo pessoal? Caótico e mutável. Se antes a sua casa era dominada pelo preto, hoje está repleta de cor. Não segue tendências, apenas o que gosta e o que lhe faz sentido no momento.

A grande mudança no seu caminho criativo aconteceu há cerca de um ano e meio, quando perdeu o emprego e voltou à terra natal, o que a fez sentir-se meio perdida. Para se reencontrar, regressou aos seus hobbies de infância e começou a partilhá-los no Instagram. Foi assim que nasceu a sua comunidade online, que hoje lhe permite explorar este caminho com liberdade. “Sou sortuda!”, diz com gratidão.

O Fascínio pelas Feiras e Achados Vintage

Uma das grandes paixões da Carlota são as feiras e mercados de rua, locais onde encontra peças únicas que alimentam a sua criatividade. “Adoro a busca pela peça perfeita e o processo de imaginar o que ela pode ser”, conta.

As feiras de Espinho, tanto a de segunda-feira como a Feira dos Peludos, ocupam um lugar especial na sua vida, talvez por fazerem parte da sua história desde a infância. Entre as suas descobertas favoritas está um armário de café que passou por três casas diferentes e continua firme, resistindo às mil transformações a que foi sujeito.

Ao escolher peças, não segue regras fixas. “Vou pelo instinto e imaginação.” Não compra para revender, mas o acumular de objetos leva-a a vender alguns no Wallapop quando o espaço se torna escasso.

Criatividade em Movimento: DIY e Transformar para Viver

Nos seus projetos DIY, a Carlota não segue um método exato. “Apesar de ser organizada, os DIYs têm um processo próprio onde muita coisa falha e sou obrigada a improvisar.” No entanto, há um elemento constante: os moodboards, inspirados por horas a fio no Pinterest e redes sociais.

Entre os projetos mais especiais, destaca o closet e o armário dos arcos do escritório. Construídos por ela e pelo companheiro, João, são testemunhos da sua criatividade partilhada. “Estão cheios de erros e poderiam estar mil vezes mais perfeitos, mas são nossos!”

Instagram: Uma Plataforma de Partilha Autêntica

Sem o Instagram, a Carlota admite que não teria feito metade dos projetos que realizou no último ano. A plataforma abriu-lhe portas, deu-lhe acesso a marcas e materiais, e permitiu-lhe criar uma comunidade fiel.

Mantém a autenticidade acima de tudo. “Mostro sempre quando as coisas correm mal”, afirma. O crescimento da comunidade traz desafios, mas a Carlota esforça-se por manter a sua forma de comunicar, sem ceder à pressão da perfeição digital.

As interações com os seguidores são, na sua maioria, positivas. “Esse apoio aumentou muito a minha autoconfiança e fez-me arriscar mais”. Apesar disso, assume-se teimosa: “As pessoas têm muitas opiniões, mas eu tenho ideias muito fixas!”

Uma das experiências mais marcantes foi perceber o impacto real do seu trabalho: ser reconhecida na rua e ouvir de desconhecidos que os inspirou a criar. “Isso é o que mais me impulsiona a continuar.”

Desafios, Aprendizagens e o Futuro

Entre os maiores desafios da sua viagem criativa, destaca a dificuldade em reconhecer os seus limites e equilibrar descanso e produtividade. “Acho que ainda não superei!”, confessa.

Ao longo deste percurso, aprendeu a importância da resiliência e da adaptação. Os projetos DIY ensinaram-na a aceitar as imperfeições e a lidar com o inesperado, tornando-a mais flexível e aberta ao processo criativo. Em momentos de bloqueio criativo, prefere dar espaço à cabeça. “Aceito-os e deixo a vida acontecer. A inspiração acaba sempre por voltar.”

O seu grande sonho para o futuro? Remodelar a casa dos pais. “Sinto que estou perto de conseguir torná-lo realidade. Vou manifestar aqui para ver se acontece!” Para além disso, quer continuar a explorar novas formas de se expressar e criar, sem limitações.

Dicas Práticas de Carlota Flor

Para quem quer começar no DIY, deixa um conselho essencial: “Errar faz parte do processo. Não tenham medo de estragar! Não somos perfeitos, e as nossas criações também não precisam de ser.”

Na busca por peças vintage, a paciência é fundamental. Feiras e mercados são os melhores aliados, pois oferecem oportunidades únicas a quem sabe procurar. “Explorar, negociar e esperar pelo achado perfeito fazem parte da experiência.”

Quanto ao equilíbrio entre trabalho, projetos e redes sociais? “Muito mal, mas estou a tentar melhorar!” Encontrar um ritmo sustentável entre criar, partilhar e descansar é um dos seus desafios atuais.

Reflexões

Se tivesse que resumir a sua jornada criativa numa palavra, a Carlota escolheria "necessidade". “Sem arte e criatividade, perco-me sempre. Criar é a minha forma de existir no mundo.”

Para as mamacitas que a seguem, deixa um incentivo poderoso: “Resgatem os vossos hobbies de infância. A vida adulta afasta-nos do que nos faz felizes. Contrariem essa norma e façam coisas! Criatividade não é talento, é simplesmente fazer.”

A Carlota Flor é um exemplo vivo de que a arte e a criatividade são ferramentas essenciais para nos reencontrarmos e transformarmos o mundo ao nosso redor. Entre DIYs inesperados, achados vintage e uma conta de instagram cheia de pinta, a sua história continua a ser escrita com autenticidade, espontaneidade e, acima de tudo, paixão.

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