Hoje, venho falar de um homem que fez do mundo um lugar mais feliz, mais vibrante e, convenhamos, muito mais cool: Quincy Jones. Cresci ao som das suas batidas e melodias mágicas e, sinceramente, sinto que nos deixou tanto que só merece um brinde gigante e cheio de gratidão. Hoje, ele partiu, e, apesar das lágrimas terem estado perto de cair, prefiro trocar a tristeza por um sincero e profundo obrigada, Quincy.

Quincy nasceu em 1933, em Chicago, e desde cedo a música corria-lhe nas veias. Começou como trompetista, passou a maestro e, de compositor, tornou-se produtor, numa carreira que atravessou décadas e tocou tantos géneros que é difícil escolher apenas um para o definir. Pop, R&B... ele fez de tudo e fez tudo muito bem feito. Até o jazz, que admito ser o género ao qual menos ligo, brilhou nas mãos dele!

Obrigada, Quincy Jones michael jackson

Talvez o conheças principalmente como o mago por trás de Thriller, de Michael Jackson, o álbum mais vendido de todos os tempos. E sim, foi ele quem deu vida a “Billie Jean”, “Beat It” e tantas outras músicas que se tornaram autênticos hinos. Mas a história não fica por aqui – Quincy também trabalhou em mais dois dos álbuns mais influentes do Rei da Pop: Off the Wall e Bad. A sua capacidade de transformar uma boa música numa obra-prima é uma prova do seu génio.

Obrigada, Quincy Jones we are the world

A Magia das Colaborações

Quincy Jones não era só um produtor; era um verdadeiro maestro de talentos. Em 1985, liderou um dos maiores projetos da história da música: a gravação de We Are the World. O objetivo? Angariar fundos para combater a fome em África. E conseguiu juntar os maiores nomes da época, como Stevie Wonder, Bob Dylan, Diana Ross, Ray Charles, Bruce Springsteen, e muitos outros. Mas Quincy sabia que uma sala cheia de estrelas podia ser desafiante, por isso deixou uma mensagem clara logo à entrada do estúdio: “Leave Your Ego at the Door”. A mensagem era clara: todos estavam ali por uma razão maior.

Obrigada, Quincy Jones grammy awards

Prémios e Reconhecimento

Quincy Jones foi nomeado para mais de 80 prémios Grammy ao longo da sua carreira, dos quais ganhou 28, consolidando-se como um dos músicos mais premiados da história. O seu talento não se limitou à música: Quincy também trabalhou em cinema e televisão, foi o compositor da banda sonora de filmes como The Color Purple, que lhe valeu uma nomeação para o Óscar, e produziu a série The Fresh Prince of Bel-Air, que lançou a carreira de Will Smith e se tornou um ícone da cultura pop.

Obrigada, Quincy Jones apontar para nós

Obrigada, Quincy

Quincy Jones ensinou-nos que a música é muito mais do que som – é emoção, união e vida. Ele mostrou-nos que, com paixão e visão, é possível transformar notas em histórias e canções em momentos inesquecíveis. Se nunca deste por ti a mexer a anca ao som de “Ai No Corrida” ou a fechar os olhos ao som de “Betcha Wouldn’t Hurt Me” (uma das minhas preferidas), mamacita, está na hora de corrigir isso.

Obrigada, Quincy, por cada batida, cada melodia e cada colaboração que fez do mundo um lugar melhor e mais harmonioso. Que a tua música continue a ser uma celebração da vida e que inspire muitas gerações a ouvir, dançar e, acima de tudo, sentir.

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